terça-feira, 29 de janeiro de 2013

É O QUE DIRIA SEAN CONNERY

Educação é uma qualidade que nunca sairá de moda. Diria Rousseau que a criança educada é a que cresce afastada dos vícios da sociedade. Modesta e atrevidamente vou discordar do filósofo. Creio que esse software nasça disponível a todos, porém o cabo USB é que nem sempre seja compatível.

A máscara da timidez muitas vezes engana o artifício do mal-educado. Não diria que me enquadro na pele de um lorde, mas estou longe da ogrice. Cansado dos tímidos, evito elevadores com menos de três pessoas. Foram inúmeras as vezes que tive de dizer “eu disse bom dia” para que a saudação aparecesse.

Assim como o uso do dicionário, as escolas deveriam dar aulas de etiqueta. Sim. Como andar na rua, como se vestir, como comer em público, como se comportar em restaurantes, cinemas e afins.

Avisos de “Não buzine”, “Silêncio”, “Desligue o celular” em muitos casos não são uma regra, mas apenas uma ratificação de que a educação deveria ser algo inerente do comportamento humano.

E o mais curioso é que, junto à tecnologia, a educação se molda e se encaixa muito bem nisso. Sou adepto a algumas delas e seria excelente se todos praticassem.

Responder a SMS’s, mesmo que se tenha visto a mensagem horas depois é um exemplo. E, pior do que um simples OK, é não responder a mensagens eletrônicas.

A sensação de nada, de indiferença e até mesmo de insignificância é tamanha que, dependendo do grau de carência do emissor, resultará um grau elevado de distúrbio psíquico.

Os exemplos de comunicação virtual se encaixam num nível saudável de trocas, tenho de ressaltar isso. Entendo que muitas vezes o silêncio é mais aceitável.

Já diriam os mais sábios, a educação abre portas, e é fato. Mas às vezes...

Certa vez eu me deparei com uma ex-aluna no metrô. Solícito, escutei as lamúrias dela por 6 estações. Numa baldeação, tinha a certeza de que me livraria dela (veja que lorde). Mas não, ela seguiu comigo até o próximo destino e, por mais 7 estações, continuei a escutar os fatos chorosos.

Quando cheguei à estação final, enquanto eu me despedia aliviado, ela me perguntou se podia acompanhar-me até o local onde eu daria um curso. E minha educação já capenga aceitou.

Foram mais uns 900 metros escutando o desabafo da fulana. Enfim, já em frente ao local de trabalho, depois de me despedir e de desejar sorte a ela, escutei:

- O senhor vai dar aula até que horas? Posso esperá-lo aqui...

Nem sir Sean Connery resistiria a isso. Portanto, amigo leitor, vou repetir o que eu disse: “aja da forma que melhor lhe convier, a educação abre portas, mas, se for um convite para sua paz, prefiro esta, a educação entenderá muito bem”.

 

 

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