quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DE QUEM É O QUEIJO AFINAL?

Francesco Queijo tinha uma amante há meses. Sim, era casado, mas colocava o mais puro significado da palavra na menina que encontrava pontualmente às sextas à tarde.

CEO de uma multinacional, era comum as esticadas do almoço ou os intervalos de 5 ou 6 horas entre a manhã e o fim da tarde.

Todos sabiam, mas não sabiam. Comum as filhas derem com a cara na porta numa surpresa para almoçar. Sexta-feira era dia de viver.

Por quase um ano foi assim, até que a mais velha das três seguiu o pai até o flat da zona sul. Esperou que entrasse. Perguntou por ele na recepção e a moça indicou o flagrante.

Escândalo.

Divórcio iminente, pensão exorbitante, uma mancha horrenda na carreira brilhante do jovem de 50 anos. Foram dias sem comer direito, o trabalho não rendia. Os compromissos não eram cumpridos.

A saudade era forte, a concentração sumira, o gosto pela vida sumiu. Nem mais a menina aparecia às vésperas dos fins de semana, muito menos nas horas livres.

Mesmo que ela quisesse, o homem não dizia “presente”.

Flores a ex. Juras de amor. Humilhações. Provas de fidelidade eterna, até mesmo a intervenção dos amigos da família e do trabalho. Semanas de maciça pressão.

Ela não conseguiu resistir. Cedeu. Cedeu mais pela aparência, pela covardia de enfrentar uma vida sem o marido, sem uma companhia.

Todo o teatro se formava novamente.

Por que não comemorar com um jantar maravilhoso, à luz de velas, clima romântico, a dois, com Frank Sinatra ao fundo?

E tudo bem se a menina preferisse a Lady Gaga, a paz é ainda a bênção da vida.

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