segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EU, MEU IRMÃO E NOSSA MARISA MONTE

Quando se está apaixonado, a exposição e a falta de bom senso dizem: “Presente”. Quem já viveu uma paixão - e com uma celebridade - sofre em dobro.

Em 1992, num sábado, no antigo Olímpia, meu coração congelou.

Na turnê do CD Mais, acabei indo a 5 apresentações seguidas. Sabia a ordem das músicas, as falas. Ou seja: fã! E como todo fã, era um mala. Nada mais tinha graça, claro, tirando o bife à parmegiana – que não é páreo a ninguém – mas aquela carioca de Botafogo tirava meu chão.

Cheguei a entregar uma carta a ela em um dos shows, ela a pegou, agradeceu e a beijou... Ah, como desejei ser envelope... Por uma noite apenas. Ah, e aquela dedicatória que fez a mim e ao meu irmão blogueiro, no Canecão, do Rio. Fã, mala!

O ápice foi na saída de um show em São Paulo, quando a seguimos até o hotel. Ela num Opala Diplomata, e nós, num Passat 79.

Perseguição visceral, faróis vermelhos ultrapassados e conseguimos estacionar atrás do carro, na entrada do hotel. Desci com a caneta e o ingresso em mão. E cheguei a meio metro dela.

Meu irmão a queria na cama, mas eu não, não só, eu a queria no altar. E, como qualquer ridículo, cri nisso. Graças a libido do Marcelo, aconteceria algo fenomenal.

Enquanto acabava o autógrafo, ele pediu um beijo. Ela aceitou. Cariocas beijam duas vezes, paulistanos, uma só. E no vácuo que meu irmão deixou, aquela bochecha sobrou pra mim. Demorou uns dez anos entre o ir e o sugar daquela face magra. Acho que houve um “ploc”, porque ela riu!

Acabei plastificando o ingresso, que se perdeu pelo tempo.

Se minha paixão acabou? Nada, com batatas fritas e arroz, garanto que nem Marisa Monte a resistiria.    


4 comentários:

  1. E lá se vão longínquos 20 anos dessa nossa saga. Inesquecível!
    Quanto ao prato principal, não tenho dúvidas sobre qual escolheria para degustar.
    Sobre a mesa ? Uma das opções.....

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