
Não
me lembro se foi durante a diferença que falava entre tias e professores. Até
que uma senhora, com rugas e raiva suficientes, ergueu a mão e, num tom ameaçador,
ofensiva soltou:
-
Afinal de contas, eu falo “trouxe” ou “truxi”?
Só
poderia ser um teste, aquilo não poderia ser genuíno. E ela insistiu na
pergunta vendo o meu silêncio – na verdade, minha indignação.
Fui
à lousa e escrevi, perguntando: "Como a senhora lê isso aqui..."
-
Não perguntei como se escreve, perguntei como se pronuncia! – tenso.
Os
olhares me fuzilavam. Eu tinha menos tempo de vida do que elas de sala de aula.
-
Eu não vou ler!
-
E eu não vou explicar! – e apaguei o enigma da lousa.
Ela
se levantou e saiu, batendo a porta. Terminar aquelas duas horas foi um teste e
tanto, mas consegui ao menos não ser apedrejado.
Quem
foram os alunos dessa professora? Quantos crimes ela cometeu?
E
você? Aprendeu com uma tia ou com uma professora?
Eu?
Eu tive as piores estelionatárias possíveis.
Só tenho uma palavra a dizer sobre isso, nesse momento: tenso!
ResponderExcluirTodos fomos vítimas, né, Lu? E ainda bem que conseguimos reverter a situação!
ResponderExcluirE quem não conseguiu nem tem noção que sofreu esse abuso?