quinta-feira, 14 de março de 2013

DESENHOS E SÉRIES BIZARROS

Dia desses, pela rua, vi um Gol, devia ser daquela linha dos anos 90, pintado com as cores do Ultraman. Para quem vivenciou fins dos anos 70 e começo dos 80, consegue imaginar quais eram as matizes do automóvel.

Imediatamente, fui puxado à infância e a todos os programas de TV da época. Como o trânsito de São Paulo  serve também para filosofar, comecei a lincar aberrações e deleites sobre desenhos e séries.

Não vou colocar aqui aquelas imagens retrôs das redes sociais, mas você consegue imaginar que, se o Ultraman fosse patrocinado pelas pilhas duracell, a sua luz no peito jamais piscaria, e olha que ela piscava todo episódio, justamente na luta com os monstros que odiavam o Japão.

E indo além, já imaginaram que o odioso Piu-Piu era um sádico desgraçado. Aquela personalidade de anjo... Anjo caído. Cazzo, ele vivia, suavemente dizendo que tinha visto um gatinho, para que o coitado e ingênuo do Frajola fosse atacado com o guarda-chuva de outra velha sádica.

Muitas vezes eu me imaginei – mais sádico ainda – com aquela faquinha de plástico, de cortar Ana Maria – suavemente cortando o peito do passarinho até chegar ao coração dele, sem pressa, sem a mínima pressa.

E o que falar do Papa-Léguas (abrindo um espaço aqui – os nomes compostos são de uma perfeita análise à Freud, né?). O Coiote deveria ser milionário, tendo uma grana excelente para comprar todos aqueles aparelhos modernos, poderia ao menos se contentar com um PF barato. Mas não, era fetiche, ele queria porque queria comer aquele mala.

Eu era louco para saber como era a cara do cachorro Yogui, que, bizarramente, usava uma casinha na cabeça e a retirava para aterrorizar malfeitores. Hoje em dia, fico imaginando se fosse como o atual Milton Nascimento, o um recém-acordado Zé Ramalho, ou ainda um Cauby Peixoto. Ainda creio que ele era uma mescla de todos...

Confesso que pouco ou nada sei sobre os desenhos atuais. A tendência que os adultos de hoje falem que tais atrações em épocas passadas eram infinitamente superiores aos de hoje. Confesso também que isso seria uma injustiça, porque, depois de uma análise fria do que foi dito aqui, não temos parâmetros de qualidade boa ou ruim.

E olha que nem citei um Urso do Cabelo Duro, que andava em uma motocicleta invisível, muito menos de um dos robôs dos Vingadores do Espaço, um cruzamento do Robert Plant com o Homem de Lata.

 

 

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