terça-feira, 4 de junho de 2013

SANTOS SEMPRE QUEREM FAZER MILAGRES EM CASA

Não há como ficar ileso sobre a apresentação do Neymar Jr. ao Barcelona. Se fosse usar apenas um adjetivo a isso, seria: colossal. Não tenho a pretensão de envolver assuntos de educação e filosofias sociais, quero apenas elocubrar um pouco sobre futebol.

Há quem ainda me critique se eu disser que para mim o garoto continua sendo uma excelente promessa. Por mais que tenha sido campeão paulista, da Copa do Brasil, da Libertadores, esse acaba sendo o momento ideal para realmente provar ser grande, manter-se grande. E não falo só da apresentação dele ao time espanhol, falo de Copa das Confederações, falo de Copa do Mundo.

Não sou um profundo estudioso do futebol, sou um profundo apaixonado pelo assunto, o que já me garante abstenção da vergonha. Fato é que, por mais que o jogador seja espetacular, creio que ainda a seleção acaba sendo a cereja do bolo a um craque, é ainda o que une ainda mais a massa a ele.

Sabe-se que existem inúmeros jogadores acima da média, porém os que carimbaram uma marcante e decisiva passagem pela seleção do seu país têm esse diferencial?

Zico seria mais Zico se fosse campeão em 82 ou 86 e se não tivesse perdido o pênalti contra a França do Platini? Djalminha seria mais Djalminha se não tivesse sido cortado da seleção? Ademir da Guia seria mais divino se tivesse mostrado toda sua leveza com a amarelinha?

Maradona seria menos Argentino se não tivesse ganhado quase que sozinho a copa de 86? Cruyff, Van Basten, Rijkaard e Gullit seriam menos geniais se tivessem ganhado as copas merecidas com a Holanda?

Por outro lado, São Marcos seria mais mortal se não tivesse sido campeão em 2002? Ronaldo seria menos fenômeno se não tivesse jogado a copa que trouxe do Japão e tivesse ficado com a improvável convulsão de 98? Falcão é menos que Mazinho? Rivelino é menos que Zinho?

Confesso não ter capacidade para responder a estas dúvidas, assim como haverá discordâncias entre os sins e os nãos. Fato: o que fica aqui entre todos os nomes acima é a elegância e a competência em campo.

Não há como prever se Pelé, Garrincha, Puskas, Di Stefano, Beckenbauer e outros tantos deuses do campo receberiam o que recebeu Neymar Jr. ontem em solos catalães, entretanto o ex-santista tem tudo para virar a cereja de qualquer bolo do mundo.

E arrisco dizer que o menino de 21 anos talvez trocasse qualquer recepção de rock star por um gol que daria a vitória no Maracanã, em 13 de julho de 2014.   

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