sexta-feira, 7 de junho de 2013

QUANTO VALE A SUA IDEIA?

Em algum outro lugar, em alguma outra época, o dinheiro inexistia. O sistema de compra e venda era incentivado por ideias. Sim, ideias. E nunca numa região houve tantas pessoas criativas.

Era comum vender um quilo de batatas usando ideias alheias. Porém se houvesse um banquete na família, a ideia teria de ser inédita e boa, como o do pai da noiva, que, por 10 quilos de batatas, sugeriu que todas fossem colocadas num saco, o que aumentou a venda em 30%.

Com tantas ideias, o batateiro conseguiu aumentar seu patrimônio.

Ou a história também do farmacêutico, que sugeriu ao curandeiro uma balança para melhor precisão nos gramas das ervas, dizem que o rapaz virou sócio do conselheiro.

E assim, as ideias apareciam e iam alimentando famílias, enriquecendo muitas e deixando os cérebros cada vez mais treinados.

Até que um poeta começou a colocar sua obra no papel e passou a distribuí-la a todos. As pessoas adoraram, pois a nova moeda começou a ser valiosa, justamente porque só os que sabiam ler entendiam o recado usavam o que de mais requintado possuíam por um verso ou uma epopeia inteira.

Dizem que um matemático seguiu a inovação e começou a colocar no papel suas teorias. Outra nova moeda. Podia-se comprar dois pés de alface por uma adição. E como muitos não entendiam isso, surgiu a necessidade de ensiná-los a decifrar tais mistérios. E a primeira escola apareceu.

O avô do menino, que sabia muito do local e das pessoas foi o primeiro professor de História. O apaixonado por rios e afins, o primeiro professor de Geografia. Mentes sendo moldadas. Ideias sendo criadas. E os que não estavam na escola não conseguiam desfrutar de muitas coisas, ficavam com as mesmas ideias e não conseguiam algo mais arriscado.

E o lugar começou a ver a prosperidade em quem conseguia colocar no papel o que pensavam. Surgiram ideias fenomenais, revolucionárias. Houve quem juntou todas as ideias num bloco de papéis, o livro estava criado. Aquele local de produção de ideias tornou-se sagrado.

Crianças, adultos, velhos todos decidiram que somente a escola era a saída a tudo.

Poatz, daí tive de parar com essa fábula, porque o caixa me disse que faltavam 50 centavos, resultado, fiquei sem os dadinhos, de que tanto gosto...

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