
Ela
é a tristeza sem precedentes, é a melancolia não-avisada, é depressão no seu
estágio mais suave. E aqui se encaixa qualquer situação em sua vida. Pessoas,
momentos, uma festa, uma música ou um filme.
Pois
é este que será o teor do texto. Sou louco por eles. Há tempos não sei o que
é passar uma semana sem assistir a um lançamento ou rever outras maravilhas –
uma boa forma de evitar a decepção é isso, o replay.
Pela
primeira vez no CAZZO! Vou ter de propagar uma nada legal crítica a uma
película francesa. Sempre digo que os trailers são uma propaganda,
muitas vezes, enganosa.
Confesso
que dificilmente me enganei, de súbito, apenas MAR EM FÚRIA me veio como prova
de um sentimento frustrante. Até sábado último.
Quando
vi as chamadas do filme francês, quando li o resumo do conteúdo dele, fui
tomado de uma esperança muito forte: a de que a fantasia seria única. A
proposta era interessantíssima e vinha do livro homônimo de Boris Vian.
Sabe
aquela sensação de nunca ter escutado sobre o autor e, ainda mais, pela
magnífica história que seria contada e você nunca soube a respeito – e até se
condena por ser tão ignorante e nenhum dos bons amigos que devoram livros falar
sobre? Pois é, imagine a carga de expectativa que coloquei quando vi que A
ESPUMA DOS DIAS existia, mas era um prenúncio ao nada... E foi.
Estreou
no último dia 28 e, duvido, duvido que tenha vida longa como os muitos a que
assisti por aí. Entrei ansioso, sentei e, já com 15 minutos de filme, dei a
primeira cochilada. Feio, bem feio. Foi a segunda vez que isso aconteceu comigo
no cinema e, coincidentemente, com a excelente Audrey Tautou na trama.
O
longa é uma mescla do surrealismo de Macunaíma, que também me provoca enjoos, com
toques futurísticos e muita informação, muita informação. Cada segundo é
repleto de detalhes absurdos, desnecessários, exagerados. Não me considero um
profundo conhecedor da sétima arte, mas estou longe de ser um obtuso, que não
entenda as metáforas e mensagens camufladas em diálogos e cenas.
A
história de amor entre Collin e Chloé não convence. Tudo muito superficial, o
sentimento entre eles não traz a sustentação devida. O amor acaba sendo algo tão
bizarro como as cenas exageradas e sem sentido. A personagem de Audrey acaba
engolindo uma flor, que a condena à morte.
E
juro, nunca torci tanto para uma personagem morrer e o filme acabar.
Fujam
dele.
E eu, que odiei o Gatsby, agora retifico minha crítica. Quando assisti a ele, disse que, naquele dia, o melhor foi ver que o novo do Almodóvar estrearia.
Anteontem, a sala ao lado já trazia a nova comédia do espanhol. Ratifico e repito meu comentário, o melhor da noite foi saber que a decepção com o Pedro é quase nula. E por quê?
E eu, que odiei o Gatsby, agora retifico minha crítica. Quando assisti a ele, disse que, naquele dia, o melhor foi ver que o novo do Almodóvar estrearia.
Anteontem, a sala ao lado já trazia a nova comédia do espanhol. Ratifico e repito meu comentário, o melhor da noite foi saber que a decepção com o Pedro é quase nula. E por quê?
Porque,
pra fazer o ex-governador José Serra sorrir é uma tarefa de poucos e, enquanto
eu esperava para entrar na sala 1, vi que o vampiro saía da 2, com um
sorriso feio, como de costume, mas sincero, e isso apenas gênios como Almodóvar sabem fazer.
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