
Numa manhã de inverno, enquanto o sol se atrasava, estava no ponto e viu o ônibus apontando, mas não viu os dois assaltantes se aproximarem. Tiraram tudo o que tinha, na mochila estava sua bíblia, ele implorou para não levarem e, num ímpeto de desespero, agarrou um dos bandidos, que o esfaqueou na barriga.
O ônibus parou e de lá desceram quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, que não tardaram em chamar uma ambulância. Provavelmente perderiam o dia, mas optaram em ajudar Antonio. Quase uma hora depois, o Samu chegou e levou a vítima, seguida pelos três, num Uber.
O hospital mais perto era um público, no entanto o atendimento foi rápido. Por sorte, que seja, o furo não foi tão profundo, rendendo-lhe uma semana de internação. Os filhos e a esposa correram para lá e o seguiram por toda sua recuperação. Assim como os quatro que o salvaram.
No dia de sua alta, a família estava ali, bem como o quarteto, que, numa vaquinha, comprou uma mochila nova, um celular novo e uma bíblia. Ele recebeu os presentes e beijou o livro sagrado.
A vida seguiu e, dias depois, descobriu Antonio que uma das mulheres era católica, enquanto a outra era espírita. Um homem era umbandista e o outro, ateu. Um ano depois do acidente, resolveram celebrar o evento com um almoço, e quem pagou a conta foi Deus.
Não importam o "seu Deus" e as suas crenças, importa o amor que você carrega dentro de si...me emocionei! hehe
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