domingo, 14 de outubro de 2012

O BEIJO DO CAPETA!

A infância é determinante. Tanto para o bem como ao mal. Digamos que os caminhos que se trilham são conquistados pelas direções que nos mostram. E aqui temos um exemplo típico de efeito contrário.

Ela, uma menina de 4 ou 5 anos, não se pode precisar dessa distância. O irmão, fanático pelo Kiss cismou em se fantasiar de Gene Simmons, porque ídolos não são escolhidos, eles nos escolhem.

E se isso realmente vingaria, naquela noite, ela foi escolhida e mais do que rock'n'roll, havia uma promessa de festa a noite toda. Então, o rapaz decidiu se trajar de sonhos - ou pesadelo - e pregar uma peça na caçula. Escondeu-se no fundo da casa e esperou pelo bote certo.

E mais do que susto, conseguiu arrancar um soluço tenebroso, trevoso e um choro angustiado. A pequena mal conseguia descrever o que pulava na frente dela, só sabia que se o demônio não existisse, acabara de ser criado.

O mal estava feito. Porém graças aos bons ventos, a menina cresceu e percebeu que outros sustos poderiam ser mais vis que aquele diabo negro. Apaixonou-se pelo som pesado da banda e disse a si mesmo que o trauma se calara.

O que realmente se prova é que, mais de 20 anos depois, toda vez que o Kiss entra pelo ar, a moça sempre se pega olhando aos lados. E que, em um dos shows deles por aqui, ela ficou de costas ao palco, porque somente o que os olhos não veem, o coração sente. 

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