O
que é real mesmo é ter encontrado o Marcos Vinícius, professor, empresário, blogueiro,
baterista e estagiário de Steve Harris para uma tarde regada a café e pães,
bastantes pães.
Desabafos
e análises em dia, um terceiro elemento chamado acaso uniu o município à
infância dos dois: CIDADE DA CRIANÇA.
Um
olhou ao outro e sorriram, gargalharam e disseram “por que não?”.
E
30 anos reaparecem na vida deles. Ficaram parados em frente ao local. Eu fiquei
estarrecido, emocionado, porque um dia aquilo esteve em meus sonhos e foi real.
Abrindo
um túnel do tempo, volto em 1982, quando, numa excursão pelo colégio, na falta
do Playcenter, a Cidade da Criança servia de um genérico muito competente, tal
qual a Pepsi para a Coca-Cola.
Ganhamos
uma cartela que valia passagens para todos os brinquedos e aquilo era como uma
abelha numa floreira. Uma das lembranças mais lindas da minha vida, da minha
infância.
O
Vini é que me incentivou a entrar e assim fomos. Como queríamos apenas ver o
parque, não pagamos a entrada. E, amigos, foi uma visão... Decepcionante. Se a
decadência tem um rosto, ela estava lá.
Porém,
o mais interessante, é que os dois nos divertimos e rindo de como aquela
simplicidade toda foi, um dia, nosso sonho. Percebemos que sonhos também têm
data de validade e que ficam pelo caminho como pessoas, como pegadas.
A
pequena montanha russa, que mais parecia um metrô menos seguro, o carrossel
vazio, até os cavalinhos estavam deprimidos. Um domingo cinza, mas que trazia a
algumas crianças, que corriam por ali e gargalhavam os sonhos que um dia também
não lhes servirão mais.
Mas
antes de irmos embora, o Vini me convidou a investigar se ainda existia o show
da Monga, a mulher que se transformava em macaca. Surpresa, havia e a próxima
sessão começaria em 15 minutos.
Um
grupo de 3 ou 4 pessoas estava na entrada. Não eram espectadores, senão os
produtores do evento. Chegamos perto e percebemos que, de tão decadente, a
macaca – já transformada, de chinelo e regata (coisas que atraem o Vini ao nojo) – esperava do lado de fora. Sabiam que não haveria
sessão.
Vinícius
chegou perto e perguntou à Monga: “Quem é que faz a macaca antes de se
transformar?”
A
própria Monga respondeu: “eu mesma uso a fantasia da macaca” – pois é,
jurávamos que ela estava fantasiada já, mas não, em silêncio, soubemos que
ainda o show não havia acabado, porque nem havia começado. Bizarro...
Viajei no tempo com essa história... Ah, a Cidade da Criança... Adorei!
ResponderExcluirSim, Lu, um dia ela esteve nos sonhos de quem hoje tem, no mínimo, 30 anos! Obrigado pela força!
ExcluirConfesso que não morro de saudades da minha infância, mas que a piscina da casa da minha mãe parecia bem maior, isso parecia!
ResponderExcluirFê, tenho certeza de que não parecia... ERA! - rs
ExcluirE aquele dia cinza ficou cinza chumbo depois desse evento hein Dria? De tão ruim acho que ficou bom ver a Cidade da Criança.
ResponderExcluirBjão
Isso, mano! Mas a sua cara ao ver a Monga foi inesquecível, um tom de cinza a mais que os 50 existentes! - rs
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