Não
tenho aqui um quadro de confissão para depor contra mim, porém sempre existirão
na vida de todos aquelas mentiras sensacionais, que, de tão boas, deveriam ser
verdadeiras.
Sabe-se
lá por que a nova namorada do rapaz pediu aquilo, fato é que a sogra nunca
tinha ido ao motel, e, para o aniversário de 70 anos, ela quis conhecer um. E
ele disse sim à cilada.
A
sogra estava com uma bata branca, parecia uma baiana carnavalesca, imensa e
redonda. Coisas que o amor faz, razões que nunca seriam justificadas. E foram.
Pelo caminho desejou que o motel estivesse fechado, desejou uma bomba de
hidrogênio.
Quando
pararam, mal abriu o vidro, e a sogra foi colocando a identidade para fora,
dizendo:
-
Fofinha, você me viu entrar, mas não vai me ver sair, vou ficar com o tigrão
aqui mais que o seu turno!
Não
dava para disfarçar a gargalhada entalada da garota, que desejou boa sorte aos
dois. Já se imaginou sendo o assunto do local. E se houvesse câmeras atrás do
espelho, não diziam que seria uma possibilidade? E entraram. Rezou muito,
muito, muito mesmo para que fosse rápido.
Ela
foi logo ligando o TV e percebeu que as chanchadas nacionais foram dirigida por
crianças. Ela e ele quase caíram quando o close de baixo foi mostrado e ela:
-
Meu Deus, então existe desse tamanho mesmo? Não era lenda?
Ela
se virou a ele, que tampava os olhos e disse:
-
Meu príncipe, não vou te constranger por muito tempo, quero apenas um banho
sozinha na banheira e vamos embora, tudo bem? Mas se você quiser entrar... –
sorriu e se fechou lá dentro.
Som
da água, cantoria. Ele sentado na poltrona, de pernas cruzadas. Sabe-se lá a
cena lá de dentro e ploft! Um berro. Berros agonizantes, berros ensurdecedores.
Ele foi até a porta, deu três batidinhas e perguntou se estava tudo bem.
-
Eu escorreguei e caí dentro da banheira, me ajuda, me ajuda!
Ele
entrou tomado pelo espírito samaritano e se deparou com o espírito de porco.
Sim, a sogra e seus 100 quilos esparramados dentro da banheira com as duas
pernas roliças para cima e a velha roxa de dor. Sim, ele viu que um dos seios
dela tocava o umbigo e saiu berrando pedindo ajuda.
Sim,
ele percebeu que quase não mandaram o resgate porque a menina da recepção
parecia gargalhar entre todos os funcionários do motel.
Foram
os 15 minutos mais longos da vida dele. Ele reparou - quando levavam a senhora
até a ambulância - que até mesmo os casais dos outros quartos saíram para ver a
cena e quase teve uma síncope quando a velha, mesmo agonizando de dor disse e
bom tom:
-
Eu disse a ele que estava destreinada, mas ele veio com tudo!
Estou com vergonha pelo rapaz!
ResponderExcluirSomos dois, Fê! - rs
ExcluirEstá estiloso seu blog, Dri! rs
ResponderExcluirE eu espero que isso seja mentira...se não, vergonha alheia total...não teria coragem nem de rir da cara do rapaz! kkkk
Obrigado, Dri! Só de pensar que poderia ser verdade, já fico tenso! - rs
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