Há
quem ainda me critique se eu disser que para mim o garoto continua sendo uma
excelente promessa. Por mais que tenha sido campeão paulista, da Copa do Brasil, da Libertadores, esse
acaba sendo o momento ideal para realmente provar ser grande, manter-se grande. E não falo só da apresentação dele ao time espanhol, falo de Copa das Confederações, falo de Copa do Mundo.
Não
sou um profundo estudioso do futebol, sou um profundo apaixonado pelo assunto,
o que já me garante abstenção da vergonha. Fato é que, por mais que o jogador
seja espetacular, creio que ainda a seleção acaba sendo a cereja do bolo a um
craque, é ainda o que une ainda mais a massa a ele.
Sabe-se
que existem inúmeros jogadores acima da média, porém os que carimbaram uma
marcante e decisiva passagem pela seleção do seu país têm esse diferencial?
Zico
seria mais Zico se fosse campeão em 82 ou 86 e se não tivesse perdido o pênalti
contra a França do Platini? Djalminha seria mais Djalminha se não tivesse sido
cortado da seleção? Ademir da Guia seria mais divino se tivesse mostrado toda sua
leveza com a amarelinha?
Maradona
seria menos Argentino se não tivesse ganhado quase que sozinho a copa de 86?
Cruyff, Van Basten, Rijkaard e Gullit seriam menos geniais se tivessem ganhado
as copas merecidas com a Holanda?
Por
outro lado, São Marcos seria mais mortal se não tivesse sido campeão em 2002?
Ronaldo seria menos fenômeno se não tivesse jogado a copa que trouxe do Japão e
tivesse ficado com a improvável convulsão de 98? Falcão é menos que Mazinho?
Rivelino é menos que Zinho?
Confesso
não ter capacidade para responder a estas dúvidas, assim como haverá discordâncias
entre os sins e os nãos. Fato: o que fica aqui entre todos os nomes acima
é a elegância e a competência em campo.
Não
há como prever se Pelé, Garrincha, Puskas, Di Stefano, Beckenbauer e outros
tantos deuses do campo receberiam o que recebeu Neymar Jr. ontem em solos
catalães, entretanto o ex-santista tem tudo para virar a cereja de qualquer
bolo do mundo.
E
arrisco dizer que o menino de 21 anos talvez trocasse qualquer recepção de rock
star por um gol que daria a vitória no Maracanã, em 13 de julho de 2014.
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