Era
comum vender um quilo de batatas usando ideias alheias. Porém se houvesse um
banquete na família, a ideia teria de ser inédita e boa, como o do pai da
noiva, que, por 10 quilos de batatas, sugeriu que todas fossem colocadas num
saco, o que aumentou a venda em 30%.
Com
tantas ideias, o batateiro conseguiu aumentar seu patrimônio.
Ou
a história também do farmacêutico, que sugeriu ao curandeiro uma balança para
melhor precisão nos gramas das ervas, dizem que o rapaz virou sócio do
conselheiro.
E
assim, as ideias apareciam e iam alimentando famílias, enriquecendo muitas e
deixando os cérebros cada vez mais treinados.
Até
que um poeta começou a colocar sua obra no papel e passou a distribuí-la a
todos. As pessoas adoraram, pois a nova moeda começou a ser valiosa, justamente
porque só os que sabiam ler entendiam o recado usavam o que de mais requintado
possuíam por um verso ou uma epopeia inteira.
Dizem
que um matemático seguiu a inovação e começou a colocar no papel suas teorias.
Outra nova moeda. Podia-se comprar dois pés de alface por uma adição. E como
muitos não entendiam isso, surgiu a necessidade de ensiná-los a decifrar tais
mistérios. E a primeira escola apareceu.
O
avô do menino, que sabia muito do local e das pessoas foi o primeiro professor
de História. O apaixonado por rios e afins, o primeiro professor de Geografia.
Mentes sendo moldadas. Ideias sendo criadas. E os que não estavam na escola não
conseguiam desfrutar de muitas coisas, ficavam com as mesmas ideias e não
conseguiam algo mais arriscado.
E
o lugar começou a ver a prosperidade em quem conseguia colocar no papel o que
pensavam. Surgiram ideias fenomenais, revolucionárias. Houve quem juntou todas
as ideias num bloco de papéis, o livro estava criado. Aquele local de produção
de ideias tornou-se sagrado.
Crianças,
adultos, velhos todos decidiram que somente a escola era a saída a tudo.
Poatz,
daí tive de parar com essa fábula, porque o caixa me disse que faltavam 50 centavos,
resultado, fiquei sem os dadinhos, de que tanto gosto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário