Seria
fantástico ver de perto tudo isso.
Longe,
bem longe disso tudo, joguemos nossas atenções em São Paulo, mais precisamente
no bairro do Tatuapé. 1992. O pessoal da rua Lopes Moreira costumava frequentar
um bar cujo nome serviria de catapulta a qualquer estrela do rock’n’roll,
Costelinha!
E
foi lá que meu irmão e eu começamos nossa longeva carreira na música.
Experientes em churrascos, festas e o que viesse, éramos atração das rodinhas
de violão, com as famosas revistinhas de cifras há tempos.
Fosse
em São Paulo, em Rio Claro, no Rio de Janeiro, nossa fama corria os quatro
cantos entre os familiares e amigos. Era comum em cantinas, daquelas que havia
um trio de músicos que iam de mesa em mesa, pedirmos uma só pra sacaneá-los.
Meu irmão sempre dizia: “Posso tocar então?” E a festa acontecia.
Parênteses
aqui, Marcelo sempre foi o animador. Confesso que deixava o cara empolgar todos
pra depois entrar. Oportunista? Nada, sábio, ele sabia fazer isso como ninguém.
Crescemos
num ambiente musical. Lembro-me de um dia, numa das várias sessões de rock, o
violão rodar entre 5 ou 6 dos 15 que lá se encontravam.
E
em 1992, descobríamos o Costelinha , como ponto de encontro. Até que numa
sexta, apareceu um rapaz, com violão e um teclado. Aquele som ambiente, nada
empolgante.
Em
determinado momento, ele começa uma melodia semelhante à outra música. O cara de
pau do meu irmão se levanta – acompanhando o ritmo - e começa: “Alô, alô, W Brasil! Alô, alô, W
Brasil! Jacarezinho! Avião!” O bar veio abaixo cantando a moda de Jorge Benjor.
O músico sorriu e se empolgou e mais uma vez, o Marcelo conseguiu.
Não
satisfeito, depois dos aplausos entusiasmados de todos, porque o bar estava
aceso – o Paciello mais velho falou ao músico: “posso tocar?”. Pegou o violão e
me chamou. Tínhamos um repertório pronto. Daí, os deuses do rock nos
iluminaram. A casa veio abaixo.
Um
de nossos amigos desceu voando para casa, pegar a câmera de vídeo. Quando vi,
ele apareceu no meio do bar filmando tudo. Acabou registrando a nossa entrada
triunfal e a parceria que segue unida até hoje, mais de vinte anos juntos. Uma
noite gloriosa, que antevia todos os incontáveis shows que protagonizamos.
Naquela
noite, bar lotado, público ao delírio. Um violão e um microfone fizeram a
diferença. Naquela noite, Marcelo Paciello e Adriano Paciello pegavam a estrada
para o inferno, para nunca mais voltar!
Excelente esse inferno, não? :)
ResponderExcluirE sem retorno! Long live rock'n'roll!!!
ResponderExcluirExcelentes recordações . Com certeza até hoje essa energia permanece viva e será eterna. Parabéns pela recordação.
ResponderExcluirSe fosse viabilizar essa sua energia, iluminaria uma cidade inteira! - rs
ResponderExcluirDri, faltou vc postar o vídeo, fiquei curiosa! hehehe
ResponderExcluirSucesso sempre pra vcs!
Bjs
Dri, e vc sabe que o vídeo, meu irmão gêmeo, querendo agradar à namorada, gravou um capítulo de MULHERES DE AREIA e apagou o registro histórico! - rs
ExcluirObrigado pela força!
Hahahahaha...inacreditável! Nem parece seu gêmeo....rs (brincadeira!)
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