Um
grupo de amigos marcou uma viagem de fim de semana ao Guarujá. 2 casais, unidos
pelo riso e quase nada pela dor. Não se conheciam há tanto tempo assim, mas
diríamos que o suficiente para se agendar momentos de prazer e de interação.
Assuntos
agradáveis pelo caminho até a chegada ao apartamento. Assim que entraram,
perceberam dois quartos, um com a cama perto da janela outro com a janela ao
lado do armário. Um dos homens pediu pra dormir com o vento embalando o seu
sono.
Trocaram-se
e foram para a praia. Existem os casais que ama ler na areia e os que amam
andar por ela, beirando a água. Acharam melhor a liberdade. Dois abriram suas
páginas e dois seguiram para a direita.
Voltaram
a se encontrar quase 3h depois. Parece que houve um estresse entre os andarilhos,
porque o bico de ambos furava a areia. Quietos chegaram, quietos ficaram. A
leitura, que poderia se encerrar assim que se encontraram, foi prolongada por
mais uma hora.
Decidiram
almoçar no apartamento. Os homens cozinhariam e as mulheres lavariam a louça.
Voltaram em silêncio. Na cozinha, o mal-humorado preferiu abrir a boca para
desabafar com o atarefado mestre-cuca. Enquanto que, na sacada, a leitora teve
de ouvir os lamúrios da amiga.
Entre
garfadas, elogios e alfinetadas, o almoço passou. Tentaram os leitores falar,
mas os olhares raivosos dos outros dois podaram qualquer chance de um almoço
tranquilo.
Cansados,
os carrancudos, cada qual, seguiu a um quarto, bateram as portas e a louça sobrou
para os falantes, que deram graças, porque ao menos o clima melhoraria e o fim
de semana poderia ser salvo.
Durante
a tarde, o homem sai do quarto e seguiu para o da mulher, enquanto o outro
casal conversava na sacada e eram surpreendidos com o sorriso dos dois. Tudo
voltava ao normal.
Um
barzinho à noite selaria a boa viagem. Enquanto dois se trocavam, o casal
reconciliado revertia a situação. Eles não iriam mais, porque o cara estava
assado de tanto caminhar e com as costas ardendo.
Os
impropérios da mulher, que cansou de avisá-lo para usar o protetor e não andar só
de sunga, eram um tormento. Disse que os 3 iriam e o peru ficaria sozinho,
coisa que não aconteceu, porque os outros dois se mostraram solidários a ele.
O
que acabou desencadeando uma nova pesada discussão entre os dois, um convite a
um telepizza.
Pela
manhã, a chuva veio para abençoar a volta. Decidiram pegar estrada logo cedo. O
casal no banco detrás quieto e os da frente, em solidariedade preferiram apenas
se apoiarem nas coxas dos outros, uma conexão vital.
Já
no pedágio, o assado quis pagar, mas a carteira dele estava na mala, mais um
motivo para uma nova discussão até deixá-los em casa.
Fim
do passeio, fim da amizade. O almoço dos leitores foi regado a gargalhadas e ao
alívio. Já o almoço dos outros dois terminou numa ardente tarde de sexo e juras
de amor, sem muito esforço, porque o hipoglós não era lá excitante.
Só faltou você avisar que esse fato foi baseado em fatos reais.
ResponderExcluirBense, quase mencionei isso, mas vai que a pessoa envolvida leia isso... - rs
ExcluirHahahahaha....nem precisa dizer que é real, acho que todos que lerem essa história vão se identificar com ela! E quem não tem um "casal porre" de ex-amigos assim?! rs
ResponderExcluirEu tenho...hehehe
Falta de senso e respeito não combinam com nossos ciclos de amizade, né Dri?! Pior é perceber isso numa viagem, mas....antes tarde do que nunca.
Bjs
Verdade, Dri, insuportável! Claro que dei uma mudada para não ficar tão exposto, mas o lance do hipoglós, meu irmão gêmeo viu a cena e pisca o olho até hoje! Ele saiu do quarto falando: "Não, eu não vi isso!" - rs - Bjos
Excluir"...e o peru ficaria sozinho..." RI HORRORES!
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