Quando se fala em tradição, Tonicão era exemplo. Garboso, não havia uma cocota que não se encantasse com o jeito malandro do antiquado rapaz. E na mesma intensidade das fãs seguia a falta de critério do homem. Não havia modelo, parâmetro ou lógica, bastava ser mulher e respirar para virar estatística.
Como nem todas as linhas seriam suficientes aqui para descrever as desventuras do galã, separemos três mulheres, três gerações, uma linha que dificilmente o mundo conseguiria criar ou dar como relíquia ou lenda aos conquistadores do mundo.
Cristina era uma menina linda. Fogosa, famosa na vizinhança pelo jeito perfumado, hipnotizante e difícil. Apenas um homem seria capaz de conquistar aquele terreno. Educado, sempre com um bom português e um talento treinado com outras. Bastaram três semanas para estrear a menina e ratificar a fama de deus.
Tão perto da menina, anos depois, estaria outra no caminho. Roberta, puxava aos olhos da mãe, negros e profundos como o amor, distantes e impossíveis como a paixão. Solteira, desejada, mais experiente que Cristina. Mais parceiros que a moça, aquilo não estava nem à altura dos profissionais, era páreo somente a um deus: Tonicão.
Mesmo que as curvas não fossem tão simétricas como as da garota, a fama já era de ter posto pra correr todos com quem se relacionara. Durona, seria mais um desafio para tentar pôr abaixo a pedra de gelo do que uma conquista para se gabar. Um mês. Dois meses e somente no terceiro, depois de muitos versos embaixo da porta e de ter roubado as flores de todos os jardins do bairro, ela cedia.
E como se foi falado de tradição, a terceira geração da mesma família entrava em seu caminho. Mariana, aqui se podia dizer que era impossível. Não entrava em estatística. Em termos de CET, não computava como congestionamento nem estaria no centro expandido.
Mas aquele WAZE do amor desconhecia obstáculos, montanhas, monstros ou teias de aranha. Mesmo que se leve em consideração a diferença de idade, mesmo que Tonicão não conseguisse um desempenho tão bom quanto ao que teve há anos, ainda assim estaria longe da aposentadoria, longe de perder o busto.
Fosse com Viagra, com Levitra ou apenas com um rabo de galo, durasse o tempo que fosse, ele faria de três gerações algo histórico, marcaria uma mesma família com o mesmo grilhão. E se alguém duvidasse que Mariana não seria dele, por honra, por respeito a si mesmo e pela lenda do amor, as apostas foram feitas e quem achou que não seria possível, foi um marco. Sim.
Neta, mãe e avó. Creiam, 3 gerações unidas pelo mesmo homem. Mas revelar como conseguiu tirar a velha da cadeira de rodas, ele não conta, porque vó Mariana, de 82 anos, até postou uma música no facebook para a ocasião.
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