Estava
sozinho no casamento do melhor amigo. Tentou disfarçar a solidão, mas chega
aquele momento em que cada um segue com seu par. Ele respirou fundo encarou o
vazio do seu lado esticou a mão ao nada e saiu para o jardim com ninguém.
A
música estava longe, muito longe, e aquele fim de tarde de outono era um
convite a tudo, menos à tristeza. E ele conseguia sentir-se só. Tentou chorar
para desafogar o peito, mas nem isso conseguiu, além de cabisbaixo achou-se inútil.
Deve
ter ficado minutos olhando o champanhe borbulhar, percebeu-se contando cada
estouro dela e quase sorriu quando enfiou o nariz no copo para tentar sentir
cócegas.
Viu
que aquilo não funcionou. Estava disposto a entrar, despedir-se do amigo e
seguir a um lugar qualquer. Pôs o pé no salão de volta e a música tocou. Fechou
os olhos e se viu em um local aconchegante e seguro.
Talvez
tenha sido a música, talvez tenha sido o cheiro do bolo. Ou talvez tenha sido aquela
moça. Não, não se parecia com a ideal nem chegava perto do que imaginava para
si, porém fez o que deveria ter feito.
Aproximou-se,
sorriu o mais sincero dos sorrisos, estendeu a mão. Ela retribuiu sorrindo e
eles dançaram até a última nota.
Não
perguntou o nome dela, entretanto soube que, às vezes, uma dança pode colocar ao
menos a melancolia sentada, à espera também de um outro par.
Muito bom professor, parabéns!!
ResponderExcluirMuito obrigado, Leandro!
ExcluirLindo D++++ !!!
ResponderExcluirObrigada por dividir conosco !
Prazer foi meu, Eliza!
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